O projeto Jaiba é concebido na década de 1950, o projeto irrigação do Jaíba teve sua concepção com as primeiras iniciativas governamentais de ocupação planejada na região denominada Mata da Jaíba, entre os rios São Francisco e Verde Grande.
Mas foi na década de 1970, que o projeto Jaíba de fato começou a ser implementado e constitui hoje, o maior projeto público de irrigação em área contínua da América Latina. Trata-se de um mega empreendimento que até os dias atuais ainda não trouxe o retorno esperado. De uma forma geral, pode-se notar uma contradição, dificilmente há um consenso quando se fala de Projeto Jaíba. Porém nesse artigo abordaremos o ponto de vista da agricultura familiar e seus percalços. Dados os cinqüenta anos de existência do projeto Jaíba e a enorme soma de recursos aplicados para a execução desse projeto é importante que façamos uma análise das viabilidades e perspectivas da agricultura familiar nesse projeto. Entendemos que no projeto Jaíba ocorreu uma mutação da agricultura familiar como bem expressa.
É com esses ares de novidade que desponta o projeto Jaíba e sua percepção para essa modalidade de produção numa área antes tida como infértil. Para tanto, é necessário que alguns pontos sejam elucidados para melhor entendimento do contexto em que se dá essa implantação. Um dos pontos mais críticos colocados por alguns moradores do projeto, e mesmo em levantamentos feitos nas cidades circunvizinhas de Matias Cardoso, Jaíba, Itacarambi e Manga, é unânime por parte dos moradores que o grande problema do projeto se caracterizou a partir da forma de assentamento dos primeiros colonos. Segundo a Codevasf, caberia a mesma a seleção dos assentados.
A instituição primeiramente foi realizado um cadastro no qual puderam se inscrever pessoas de todo o país, com experiência na agricultura. Porém, esse fato de ter experiência na agricultura não foi condições sine qual non para que os colonos fossem assentados. Segundo relatos orais varias pessoas assentadas não tinha o menor vinculo com a terra, isso possibilitou uma retirada de muitos dos assentados no final de dois anos de assentamento. Onde os benefícios e o não cultivo da terra começaram a ser um problema para as famílias.
